Emplacamentos de veículos têm queda de 6,6% em junho, diz Fenabrave

Números do semestre também são inferiores ao mesmo período do ano passado

São José dos Campos-SP, 5 de julho de 2022, por Marcos Eduardo Carvalho – A crise ainda assola o setor automotivo no Brasil. Tanto é que, de acordo com os dados da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), em junho, a queda nos emplacamentos foi de 6,6% em relação a maio.

No entanto, também vale lembrar que maio teve um dia útil a mais do que junho, que teve mais feriados. E o Olhar Automotivo vai falar um pouco sobre o assunto.

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Inclusive, o presidente da Fenabrave, Andreata Junior, considera que houve um equilíbrio nos dois meses. Segundo ele, um dia útil representa 5% do volume total das vendas.

Agora, junho fechou com 133.587 emplacamentos de novos veículos. Em maio, esses dados foram de 139.465. No entanto, junho deste ano foi melhor que junho do ano passado. Em 2021, no auge da pandemia da Covid-19, a Fenabrave registrou o emplacamento de 133.298, uma pequena diferença.

No entanto, no acumulado de 2022, a entidade registrou 683.173 emplacamentos de carro. Menos do que no primeiro semestre do ano passado, que teve 804.141 carros novos emplacados no período. Assim, a queda em relação aos primeiros seis meses de 2021 foi de 15,04%.

Entretanto, quem cresceu foi o setor de motos. Isso porque, o primeiro semestre deste ano teve aumento de 23% em relação ao mesmo período do ano passado. Até mesmo por conta do alto preço dos carros.

Emplacamentos de veículos têm queda de 6,6% em junho, diz Fenabrave. Foto: Canva
Emplacamentos de veículos têm queda de 6,6% em junho, diz Fenabrave. Foto: Canva

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Carros com valores proibitivos

A inflação na casa dos dois dígitos e o aumento do desemprego já seriam suficientes para deixar o consumidor mais acanhado na hora de comprar um carro novo. No entanto, o preço dos carros também assusta.

Atualmente, o carro novo mais barato do mercado brasileiro chega próximo aos R$ 60 mil e sem todos os itens de conforto. Logo, muitos consumidores optam por veículos seminovos ou até os mais velhos.

Então, aqueles carros fabricados por volta de 2010 e com preços na casa dos R$ 25 mil, estão em alta no mercado.

Uma das razões para o aumento do preço dos carros é a escassez dos semicondutores, item essencial para a produção de veículos. E esse problema não atinge apenas o Brasil, mas também todo o mercado automobilístico mundial.

A pandemia da Covid-19 agravou ainda mais essa situação, impactando diretamente na produção e venda de veículos novos.

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