Fusca Itamar: um projeto ‘relâmpago’ que durou dois anos

Marcos Eduardo
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Fusca Itamar: um projeto 'relâmpago' que durou dois anos. Foto: Memorial da República
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São José dos Campos-SP, 15 de agosto de 2022, por Marcos Eduardo Carvalho – O Fusca foi o carro mais vendido no Brasil durante muitos anos e chegou a ser hegemônico em determinado período. Depois, saiu de linha em 1986 no Brasil e voltou nove anos depois, mas durou pouco tempo.

Neste período curto, entre 1994 e 1996, o carro ganhou a alcunha de ‘Fusca Itamar’. Afinal de contas, a ideia foi do então presidente da República, Itamar Franco, falecido em 2012. E o Olhar Automotivo vai falar um pouco sobre o assunto.

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Assim, naquele ano, o Brasil vivia a euforia pela criação do Plano Real, que finalmente estabilizou a economia e acabou com a hiperinflação. Além disso, o Brasil vivia o período dos ‘carros populares’ como motor 1.0, como o Corsa Wind, recém-lançado e o Gol 1.000.

Fusca foi jogada de marketing?

Mas Itamar queria deixar uma marca registrada e negociou a volta da produção do Fusca, oito anos após sair de linha. Entretanto, teve que adequar a produção e, na época, a produção era pela Autolatina, uma associação entre a Ford e a Volkswagen, que falaremos em outros posts.

Na oportunidade, o Fusca custava cerca de US$ 7.200, lembrando que o dólar praticamente custava R$ 1 naquele ano de 1994. E o novo carro vinha com pequenas modificações em relação aos Fuscas anteriores. Uma delas era o para-choques da cor do veículo e um volante um pouco mais moderno.

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No entanto, a mecânica era praticamente a mesma do último modelo produzido. Na prática, era um carro já obsoleto e que desta vez não teve tanto sucesso de venda. Contudo, muitos compraram e hoje é um item de colecionador.

Então, em julho de 1996, já no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, o Fusca novamente saiu de linha, para nunca mais voltar. E a Volkswagen produziu 1.500 modelos exclusivos, para comemorar a última linha do carro.

Investimento na produção

Por fim, a Autolatina investiu cerca de US$ 30 milhões, cerca de R$ 150 milhões em valores atualizados para voltar a produzir o carro. Ao menos também ajudou na sequência da produção da Kombi. E o Fusca Itamar, embora não tenha sido um sucesso mercadológico, deixou sua marca na história.

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Marcos Eduardo Carvalho, nascido em São José dos Campos, jornalista formado em 1999 pela Unitau (Universidade de Taubaté), e que trabalha também no jornal OVALE, no portal Manezinho News e nos blogues Truques Caseiros e Decor e Dicas