Qual foi o primeiro carro à álcool no Brasil? Se surpreenda com essa história

Protótipo hoje está em museu aeroespacial de São José dos Campos-SP

São José dos Campos-SP, 29 de maio de 2022, por Marcos Eduardo Carvalho – O Brasil foi o primeiro país a ter um carro a álcool, hoje chamado etanol. Entretanto, o primeiro carro não foi o Fiat 147, como muitos pensam. E o Olhar Automotivo vai falar sobre o assunto.

Primeiramente, é importante entender o contexto histórico do surgimento do álcool como combustível. Isso porque, em 1973, o mundo viveu uma crise do petróleo. Então, os preços dispararam o presidente brasileiro à época, Ernesto Geisel, quis desenvolver um combustível alternativo.

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Desta maneira, o CTA (Centro Tecnológico Aeroespacial), em São José dos Campos-SP, sob iniciativa do engenheiro Urbano Ernesto Stumpf, que viveu até 1998, iniciou um projeto ousado. Assim, o álcool, um produto derivado da cana-de-açúcar, se tornou o mais viável.

Com isso, o engenheiro adaptou um Dogde 1.800 (veículo semelhante ao Dodge Polara) e este foi o primeiro carro a andar movido a etanol.

Logo, ele iniciou testes em várias estradas do país e o modelo protótipo virou realidade no ano de 1975. Na época, foi uma grande inovação.

Atualmente, o carro ainda existe e está em exposição no MAB (Museu Aeroespacial Brasileiro), em São José, que também é conhecida como a capital da aviação, por conta de ser sede da Embraer.

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Aliás, o museu tem entrada gratuita e funciona ao lado da fábrica de aviões. Por isso, quem for visitar o espaço, além do Dodge, vai encontrar também aviões antigos e foguetes em exposição.

Fiat 147 foi o primeiro carro a álcool em série

Após o protótipo do Dodge 1.800 à álcool dar certo, as montadoras brasileiras iniciaram uma corrida para a produção em série de veículos.

Mas a primeira a conseguir foi a Fiat, em 1979, com o Fiat 147, carro lançado no país em 1976, ainda movido a gasolina.

No início, era difícil até encontrar etanol nos postos, que só tinham gasolina. Algo semelhante com os carros elétricos.

Ainda assim, no início os desafios eram grandes, o álcool corroía peças dos motores e, para ligar de manhã, os motoristas precisavam esperar vários minutos para o carro esquentar.

Por fim, o etanol pegou e deu origem até aos veículos flex, no início dos anos 2000. Assim, praticamente todos os carros nacionais hoje contam com essa opção e abastecem tanto com gasolina quanto com etanol.

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